30 de mai. de 2008

Sinistro

12 de maio de 2004 (quarta)

Entrei no beco de uma casa, e nesse beco tinha uma escada que levava para uma espécie de porão, com uma sala fechada Entrei com algumas pessoas – não lembro o rosto delas. Nesta sala, que parecia mais um compartimento de porão, havia objetos de uma sala de autópsia (lembrei de contos como Frankenstein). Era uma sala específica, daquelas que a gente encontra num canto escondido de uma casa, usada para determinado ofício ou estudo - como uma pequena oficina de iluminação precária.

Ao me aproximar mais, entendi que se tratava ou de uma autópsia ou estudo de anatomia; tinha um homem com uma bata de mestre universitário. Vi aqueles bandejões – não sei o nome específico – que têm em necrotérios, onde se põem os corpos. Aproximei-me e notei que dentro havia algo... foi quando vi um tórax despedaçado e uma cabeça. A cabeça virou-se para mim com um olhar triste, de olhos sofridos. Era uma face púbere e feminina, não dava pra diferenciar se era de criança ou de mulher. Tinha realmente um olhar penoso.

Imediatamente senti um medo enorme daquilo tudo, misturado a um sentimento de pena. Saí logo daquela sala querendo fugir daquela criatura / situação. Mas fui por outro caminho, um que dava para a sala (propriamente dita) da casa. Havia algumas pessoas - não sei quantas, mas eram poucas. A sala já era iluminada, mas com a luz amarela do sol ao entardecer, refletida nas paredes de cimento. Vi sofás também. Encontrei a porta principal que dava acesso para a rua, também iluminada pela luz amarelada do sol.

Fim.

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