19 de dez. de 2008

O céu do subúrbio


30 de abril de 2006 (domingo)

Estava caminhando pelas ruas de um bairro que parecia um pouco onde moro, só que tinha um lago no meio. Uma música ambiente tocava, mas não sabia de onde vinha. Parei numa locadora de CDs e DVDs, pois tinha esquecido um CD lá. Entrei e pedi a uma moça, que foi logo procurar dentro de um aparelho de som esquisito que comportava vários CDs – e engraçado: os CDs podiam tocar de dentro da própria capa. A moça "enrolou", "enrolou" e não encontrou o tal CD.

Enquanto isso, eu dava uma olhada nos discos das prateleiras, tinha de todos os tipos, desde uma coleção completa de todos os filmes e músicas inéditas da Madonna até filmes comunistas — tinha um cuja capa era toda em russo, pensei em ser de Cuba, pois tinha a bandeira em miniatura, mas na contra-capa vi que era da União Soviética de Stalin. [interesting...]

Depois fui ao banheiro, era um banheiro simples, pintado em branco (havia tantos detalhes, que dava até pra ver a tinta branca da parede pintada acidentalmente no teto); era um simples banheirinho de casa de subúrbio, mas era limpinho e aconchegado. Detalhe: o chão era de cimento e tinha uma pequena pia branca com um espelho médio, pregado na parede.

Depois vi que tinha outro banheiro no quintal, que parecia mais uma lavanderia, e era ao ar livre! Tinha uma vista panorâmica, dava pra ver o lago com a sombra das árvores refletidas pelas luzes do bairro. Era noite, e o céu estava estrelado. Sentei em cima da pia e me deu uma vontade de fazer cocô, acabei cagando na pia. Mas foram apenas uns floquinhos. Quando me dei conta, liguei logo a torneira para dissolvê-los pelo ralo.

Em seguida, avistei uma luz laranja-avermelhada pairar no céu, pensei que fosse um avião. Essa luz foi descendo na diagonal, como a aterrissagem de um avião. Concluí que não era um avião, porque o aeroporto ficava do lado oposto. Não sei exatamente onde essa luz pousou. Depois ela subiu na diagonal, fazendo o mesmo trajeto, com uma velocidade incrível. Depois de dez segundos, apareceu novamente no céu, descendo em espiral ao mesmo lugar. Deduzi que se tratava de um OVNI.

Pela janela da sala, vi o pessoal da casa comentando sobre as luzes. Eles estavam assistindo TV. Lembro de um menininho de 5 anos olhando atônito pela janela e comentando com os pais.

Como estava só e do lado de fora, minha vontade era de entrar naquela sala e compartilhar o momento.
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13 de set. de 2008

Patrimônio Cultural da Humanidade

14 de junho de 2005 (terça)

Estava numa casa de interior, e na frente havia um riacho que mais parecia uma barragem. Nesta casa, estavam pessoas conhecidas e desconhecidas. Não sei qual era a minha idade lá, mas sentia como se ainda fosse criança.

Fui ver uns túmulos góticos que jaziam próximos à barragem. Eram poucos e pareciam monumentos, algo neles me fazia lembrar do filme “A Rainha dos Condenados” (lol).

Tinha um em forma retangular, tipo uma capela quadrada. Ouvi dizer que era de uma princesa que havia morrido esperando pelo seu grande amor, que não era bem aceito pelos familiares dela - coisa bem “Romeu & Julieta”.

Em outro túmulo, diziam que era bem antigo, havia as ossadas de alguém que viveu há muito tempo, e essas (poucas) ossadas estavam bem à mostra na frente da sepultura. As ossadas eram uma relíquia muito preciosa para a História do Estado do Piauí, e que estavam esperando um reconhecimento internacional.

Em outra cena [é assim mesmo - o enredo do sonho muda como quem muda de canal], já estava numa festa de cerimônia para o ingresso de jovens nas Forças Armadas, uma coisa bem à americana. Alguns deles seriam convocados, outros seriam dispensados. Só sei que a festa estava muito animada. Tinha até um palco onde os jovens foram ensaiados para fazer uma coreografia. Dançavam e se divertiam, de uniforme e tudo, mas não escondiam a ansiedade de serem convocados - ou não.

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19 de jul. de 2008

Você morando perto

(Julho - postagens especiais sobre você)

22 de janeiro de 2008 (terça)


Eu morava num bairro diferente e legal de uma cidade litorânea. Até que descobri que você também morava lá, duas casas depois da minha. Só que você não sabia disso...

À noite, teria um show de Sandy & Junior [não sou fã (!)]. A rua toda iria. Pensei em te mandar um bilhete perguntando se você iria.

Mandei o tal bilhete, mas não houve resposta.

Na televisão, Rivanildo Feitosa [espécie de Amaury Jr. local] entrevistava a Sandy e o Junior dentro de uma casa de taipa com chão batido e telhado de palha, sem nada dentro. Foi quando o Rivanildo disse que a Sandy ficaria trancada lá até a hora do show, deixando a moça meio assustada e sem reação.

Na hora do show, fui com uns amigos. E na saída, finalmente nos encontramos. E você me ofereceu uma carona.

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11 de jul. de 2008

Você na beira do rio


25 de janeiro de 2008 (sexta)

Estávamos batendo papo no MSN e você mandou uma foto em tom amarelado. Era você tomando banho no rio com amigos. Dava até pra ver vocês se movendo na foto (uma foto cinética!).

Enquanto eu olhava para a foto, você dizia que tinha deletado do seu PC um pacote lingüístico de espanhol, com dicionário e correção automática de palavras; tinha deletado porque já estava de saco cheio de conversar em espanhol com seus colegas.

Mais fotos do mesmo lugar foram enviadas, e com as mesmas pessoas. Numa delas, vocês subiam um barranco em direção à câmera, como se estivessem vindo embora. Deu pra ver seus amigos, só não você ou apenas um lado do seu rosto (já que estava atrás de um deles, um que tinha corte de cabelo ao estilo sorvete e barba crescida).

Depois você mandou uns vídeos de umas cantoras de R&B. Eu não conhecia nenhuma delas, apesar de lembrarem muito Beyoncé e Mariah Carey.

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5 de jul. de 2008

Você na universidade

19 de dezembro de 2007 (quarta)

Fui à universidade e avistei você num banco conversando com uma amiga. Cheguei mais perto e acenei com a mão, você pareceu se incomodar com a minha presença e tentou desviar o olhar de mim, querendo se esquivar, ou como se estivesse com receio pela sua amiga.

Eu notei seu comportamento e me afastei. Encontrei uns colegas e fiquei conversando com eles durante um bom tempo. Depois que eles foram embora, me encostei ao bebedouro para beber água e senti alguém tocar meu ombro com apenas dois dedos da mão. Virei-me e era você com um gesto meio sem graça, apenas se despedindo apressadamente, sem dizer uma palavra.

Você corria em direção à parada de ônibus; e eu caminhando atrás, um pouco mais distante. Seu ônibus apareceu de imediato e você logo subiu, enquanto sentei a esperar o meu. Após alguns minutos, chegou.

Depois que subi, comecei a lembrar dos seus gestos indiferentes, enquanto percebia subitamente que era o único passageiro do ônibus.

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30 de jun. de 2008

Barbantes

08 de junho de 2005 (quarta)

Uma linha ou uma espécie de barbante existia dentro da minha cabeça. Entrava por um ouvido e saia pelo outro. Havia outra ligação que entrava pelo nariz. E, por dentro, ligava minhas mandíbulas. Doía muito, principalmente a do ouvido.

Os barbantes incomodavam bastante. Tentei puxá-los para ver se saiam de dentro de mim. Puxei primeiro o do ouvido, mas doía (dava pra sentir a dor no próprio sonho). Então puxei o do nariz; à medida que puxava, sentia uma coisa por dentro se desprendendo. Quando puxei de vez, minha mandíbula se deslocou e meu rosto começou a se deformar.


Fim

21 de jun. de 2008

Paz

27 de maio de 2005 (sexta)

Minha família tinha viajado a Belém do Pará num ônibus que, por incrível que pareça, pertencia à banda Calypso. Só que eles se esqueceram de mim; fiquei ainda dormindo no quarto. Minha tia viria de vez em quando checar a casa e trocar a água do cachorro.

À noite fui a uma festa numa praça à beira-mar. Nessa praça, havia mesas e barracas com gente bebendo e conversando. Sentei-me a uma delas e de repente todo mundo começou a jogar bolas de papel um no outro (muito comum em salas de aula); tinha gente que usava até estilingue. A confusão chegou a ficar mais séria e algumas pessoas começaram a brigar.

Levantei da cadeira e fiz um protesto pedindo por paz – tinha feito até camisetas e adesivos, inclusive uma bandeira. Chamei as pessoas para irem à praia, onde eu e um menininho faríamos uma encenação pelo pedido de paz. Cavei um buraco largo na areia da praia, onde o menino entrou, depois o cobri com uma bandeira – listrada de azul e branco, como a bandeira do Uruguai. Fiquei orgulhoso dessa encenação, lembro que no slogan tinha algo escrito como “Não à violência”.

[pausa para rir]

Eu queria distribuir os adesivos para todo mundo, mas os tinha entregue à Sandra Annemberg (do Jornal Hoje). Fui até ela para pedir os adesivos, mas a mesma fez uma cara e um gesto como se estivesse ocupada (e também irritada).

Voltei à praia. Sandra chegou com os adesivos (um pouco arrependida de não ter entregado de imediato) e comecei a distribuir às pessoas. Alguns dos adesivos guardavam um bilhete esverdeando, onde estava escrito ANTIMILITARISMO.

Uma garotinha que estava conosco, e por quem eu tinha um grande afeto, havia se afastado da gente. As pessoas diziam que ela tinha ido às pedras e que poderia se machucar ou se cortar. Fui procurá-la. Quando a encontrei, ela estava entre as pedras e o mar, chorando e um pouco ferida. A menina passava uma energia pura. Peguei-a nos braços e, enquanto a levava de volta à praia, dava conselhos tão afáveis que emocionavam a mim mesmo. Acho que eu disse algo como: “Não faça isso... porque não quero te perder”.



Pintura: "Alison"
Autora: Gaye Lynne LaGuire

6 de jun. de 2008

Cemitério cearense

9 de julho de 2004 (quarta)

Eu e minha prima (uma gêmea) estávamos a uma mesa ao ar livre. Parecia temporada de férias. O tempo não estava claro, nem muito escuro – sempre tem uma cor característica de sonhos: meio cinza. Minha prima reclamava porque não tinha nada para comer nem o que fazer, e queria ir embora.

Próxima cena:
Estava com meus pais num carro percorrendo uma estrada à alta velocidade, estava mais ou menos escuro (tipo anoitecendo). Meu pai atropelou um cara de bicicleta, mas não voltou atrás para prestar socorro (por medo talvez), não sabíamos se o cara tinha morrido. Mas cheguei a ver que o carro passou em cima da roda bicicleta, machucando apenas a perna do sujeito. Eu estava no banco de trás, do lado direito.

Ainda no carro, subimos uma ladeira que dava para um local urbanizado com várias casas. Depois, minha mãe e eu saímos do carro, peguei uma bicicleta e entrei num lugar que parecia ser um cemitério. Entrei de bicicleta no cemitério, era bem espaçoso e bem repartido; a bicicleta podia passar entre os túmulos – túmulos formosos, a maioria em mármore. Tinha um em forma de triângulo, feito em mármore negro. Cheguei a lembrar de um cemitério que vi no Ceará.



Depois subi uma pequena ladeira que dava para um patamar de mármore verde-escuro, onde seguia outra ladeira de cimento branco para outro patamar no qual havia uma capela de cor verde-escuro (mais clara que a do 1º patamar) coberta de flores. Nos patamares havia gente, principalmente senhoras, muitas senhoras. Cheguei a ver minha avó paterna, olhando para os túmulos (de longe, a maioria dos túmulos eram brancos).

Ouvi uma das senhoras falar de uma santa que chorava mel. A senhora falava alto e indiscretamente. Saí da bicicleta e olhei para a capela (que tinha um formato diferente) para ver se tinha a tal santa, mas não vi nada. Fiquei um tempo no primeiro patamar observando muita gente que subia e descia, parecia uma procissão.

Assim que desci, me deparei com uma mulher encostada na torre triangular de mármore de um túmulo, que era o último da rua principal do cemitério. Essa mulher era grande, madura e feia. Toda maquiada (e mal maquiada), parecia mais uma bruxa, com sombra bem escura nas pálpebras. Lembro que sua pele era escura, mas não chegava a ser negra. Ela era um pouco forte, mas não chegava a ser gorda. Estava chorando, chorando mel, chorava muito, que as gotas de mel caíam no chão. Fiquei com uma grande dúvida: era essa a santa de quem haviam falado? Fiquei com um pouco de medo.

Depois de me distanciar, vi um homem se aproximando, mas só conseguia ver os braços dele, segurando um tubo preto enorme. O tubo era tão grande que cobria o seu rosto. Olhei para o tubo e ouvi um estrondo.

E o sonho acabou.


Acredite ou não.

30 de mai. de 2008

Sinistro

12 de maio de 2004 (quarta)

Entrei no beco de uma casa, e nesse beco tinha uma escada que levava para uma espécie de porão, com uma sala fechada Entrei com algumas pessoas – não lembro o rosto delas. Nesta sala, que parecia mais um compartimento de porão, havia objetos de uma sala de autópsia (lembrei de contos como Frankenstein). Era uma sala específica, daquelas que a gente encontra num canto escondido de uma casa, usada para determinado ofício ou estudo - como uma pequena oficina de iluminação precária.

Ao me aproximar mais, entendi que se tratava ou de uma autópsia ou estudo de anatomia; tinha um homem com uma bata de mestre universitário. Vi aqueles bandejões – não sei o nome específico – que têm em necrotérios, onde se põem os corpos. Aproximei-me e notei que dentro havia algo... foi quando vi um tórax despedaçado e uma cabeça. A cabeça virou-se para mim com um olhar triste, de olhos sofridos. Era uma face púbere e feminina, não dava pra diferenciar se era de criança ou de mulher. Tinha realmente um olhar penoso.

Imediatamente senti um medo enorme daquilo tudo, misturado a um sentimento de pena. Saí logo daquela sala querendo fugir daquela criatura / situação. Mas fui por outro caminho, um que dava para a sala (propriamente dita) da casa. Havia algumas pessoas - não sei quantas, mas eram poucas. A sala já era iluminada, mas com a luz amarela do sol ao entardecer, refletida nas paredes de cimento. Vi sofás também. Encontrei a porta principal que dava acesso para a rua, também iluminada pela luz amarelada do sol.

Fim.

25 de mai. de 2008

Festa da Venezuela com artistas brasileiros

4 de outubro de 2003 (sábado)

Estava no meio de uma rua com muitas pessoas vestidas em homenagem à bandeira da Venezuela (calça vermelha, blusa azul com amarelo, inclusive as 7 estrelinhas brancas (hoje em dia são 8) dispostas em forma de arco; e chapéu vermelho enfeitado), até eu estava vestido assim!

Era muita gente que vinha até de dentro de um ônibus com essa roupa. Deu a entender que estávamos fazendo alguma homenagem à Venezuela. Começamos a dançar em círculo, como uma dança portuguesa, e já era noite.

Depois fui sentar à mesa junto de alguns artistas, que começavam a chegar e sentar. Entre eles estavam: Xuxa, Cláudia Abreu (essas duas eu me lembro com muita nitidez), Márcio Garcia e Cláudia Raia. Comecei a procurar qualquer pedaço de papel e pedi com exaltação que me dessem autógrafos, e eles concordaram simpaticamente. Distribuí os pedaços de papel para cada um escrever o que quisesse; depois peguei mais papéis, desta vez folhas inteiras, algumas já usadas e entreguei à Xuxa e à Cláudia. Lembro que a Xuxa colocou algumas palavras, e como o papel era usado, havia letras de música em italiano, inglês e russo; Xuxa traduziu todas para mim.

Em seguida chegaram José de Abreu, Edson Celulari e Fernanda Torres, esta última sentada no colo de Edson (para o ciúme da Claudia Raia). Eu estava distraído, pois quando olhei para a Fernanda - saltei da cadeira e me exaltei de surpresa, e a reação dela foi a mesma (sabe quando reencontramos uma pessoa querida ou um ídolo, temos sempre uma reação de surpresa e alegria). Busquei um papel e entreguei aos três (José, Edson e Fernanda) pedindo-lhes o mesmo que havia feito com os outros (um autógrafo ou qualquer coisa).

Notei que eles estavam apressados e preocupados, já não queriam mais dar autógrafos. Até que chegou uma van branca, de onde saiu o Jorge Fernando gritando e chamando os famosos para embarcar. Todos se levantaram e entraram no veículo com pressa e se despediram.

As pessoas que estavam à mesa e ao redor, inclusive eu, ficamos tristes com a ida deles.
E o número de gente com a roupa da Venezuela já era diminuto.


[Acredite ou não, isso foi um sonho.
Vale a pena ou não anotar isso? LOL]


Sonho

s. m. 1. Seqüência de imagens e de fenômenos psíquicos que ocorrem durante o sono. 2. Coisa ou pessoa vista ou imaginada durante o sono. 3. Devaneio, fantasia, ilusão, utopia. 4. Coisa ou pessoa muito bonita. 5. Cul. Doce muito fofo, feito com farinha, leite e ovos, frito em gordura e polvilhado com açúcar e canela, ou passado em calda rala.

Diconário Michaelis de português